3 anos passaram desde a última publicação aqui, num blog que criei já sem saber bem porquê. E é, igualmente, sem saber porquê que volto agora, de novo.
Na verdade, nunca percebi claramente para que serve. Talvez nem isso importe. Deve ser mesmo assim. Pode até ser que volte a abandoná-lo, novamente, em breve. Ou então não. O tempo o dirá.
E nestes 3 anos, tanta coisa mudou mas vivemos na ilusão de que tudo está igual. Ou será o contrário?
Neste 2013, espero alimentar o Le Petit Rien com um pouco de mim, desejando não fazer dele um espaço confessional. I hope so...
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
TiCtAcTiCtAcTiCtAcTiCtAc
Tic, tac, tic, tac
respira fundo enquanto fechas os olhos pela arte de não sofrer
tudo é inócuo para os que não sabem sentir
ouvem o tic e o tac e o tic-tac e nada muda
um gesto, um olhar, um silêncio
impune.
MC
respira fundo enquanto fechas os olhos pela arte de não sofrer
tudo é inócuo para os que não sabem sentir
ouvem o tic e o tac e o tic-tac e nada muda
um gesto, um olhar, um silêncio
impune.
MC
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Lês como quem escreve e escreves como quem lê a vida através de uma lupa doirada que nos ofusca e simultaneamente encanta o olhar porque são olhos de mago e de rei e de criança que não sabe o que é o mal nem sequer o que está bem no mundo que lhe espreita vagarosa e docemente pela janelinha de cortina que corre ao sabor do vento frágil.
MC
ausências
Digo que não, sinto que não, quero sentir que não quando sinto sempre que sim. Uma gota de sangue corre com toda a fúria sobe desce aperta-me o coração o teu pensamento. Cada passo corrói a alma dos ausentes. Não sinto nem réstia do teu perfume na primeira ruga do meu peito mas guardo-te comigo.
MC
MC
voltar a Portugal
É bom voltar a casa e sentir o cheiro do sal, este sal de Portugal que nos enleia os sentidos e ensina a recomeçar a cada instante porque o orvalho cai e não deixa marca e o suor, que escorre, e se funde no Tejo dos meus amores cantados com o sangue de um homem novo que toca o vazio a cada respirar, não acaba mais...
MC
MC
Mãe
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego
muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa
da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter
um feitio que sirva exactamente para
a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça
é tudo tão verdade!
José de Almada Negreiros, Confidências
muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa
da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter
um feitio que sirva exactamente para
a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça
é tudo tão verdade!
José de Almada Negreiros, Confidências
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